Comemos a nossa conta
do fruto proibido. Dizemos o que não deveríamos falar. Vamos aonde não
deveríamos ir. Apanhamos frutos das árvores que não deveríamos tocar.
E quando fazemos essas
coisas, a porta se abre e a vergonha entra. E nós nos escondemos. Costuramos
folhas de figueira. Desculpas frágeis. Justificativas transparentes.
Cobrimo-nos de boas obras e boas ações, mas basta um golpe de vento da verdade
para que estejamos despidos outra vez – despidos pelo nosso próprio pecado.
Então, o que Deus faz?
Exatamente o que fez para os nossos pais no jardim. Derrama o sangue inocente.
Oferece a vida de Seu Filho. E da cena do sacrifício o Pai tira uma vestimenta
– não a pele de um animal – mas uma roupa de justiça. E lança em nossa direção,
e nos manda vesti-la? Não, Ele mesmo nos veste. Reveste-nos com o Seu próprio
Ser. “Todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo”
(Gl 3:26-27).
A roupa é uma obra
dEle, não nossa. Você observou a falta de atividade de Adão e Eva? Nada
fizeram. Absolutamente nada. Eles não pediram o sacrifício, nem mesmo se
vestiram. Foram passivos no processo. Nós também. “Pela graça sois salvos, por
meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem de obras, para que
ninguém se glorie. Porque somos feitura Sua” (Ef 2:8-10).
Escondemo-nos. Deus nos
procura. Nós trazemos o pecado. O Senhor traz um sacrifício. Experimentamos as
folhas da figueira. O Senhor traz a roupa da justiça. E assim, cantamos a
canção do profeta: “O Senhor… me vestiu de vestes de salvação, me cobriu com o
manto de justiça, como um noivo que se adorna com atavios e como noiva que se
enfeita com as suas jóias” (Is 61:10).
Deus nos vestiu.
Protege-nos com um manto de amor. Você consegue olhar para trás e ver exemplos
da proteção do Senhor? Eu também. (Extraído da obra Aprenda a compartilhar
um amor que vale a pena, de Max Lucado).