quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Quando não se conhece a Deus



Alguma vez você já se perguntou se houve um tempo em que a imoralidade e a licenciosidade imperassem como em nossos dias? Bom, meditemos hoje na época em que o profeta Oséias viveu. Naquele tempo a adoração da criatura tinha despojado a adoração do Criador, e quando isso acontece, quando o ser humano e o que ele pode fazer se tornam o centro da atenção, então se dá lugar a uma religião de exterioridades.

Nos dias de Oséias, ninguém mais obedecia ao Deus verdadeiro. Prevaleciam a falta de honestidade e a falsidade diante de Deus e dos homens. Eram dias de prosperidade material, mas de pobreza espiritual. Pervertia-se a justiça, oprimia-se os pobres e adulterava-se em nome de Deus, pois se tinha misturado o culto pagão com a adoração ao verdadeiro Deus.

É diante desse quadro que Oséias diz, no capítulo cinco, versículo quatro: “O seu proceder não lhes permite voltar para o seu Deus, porque o espírito da prostituição está no meio deles, e não conhecem ao Senhor”. Veja, a razão é porque “não conhecem ao Senhor”.

Se não conheciam a Deus, como pretendiam servi-Lo? Se não O conheciam, como rendiam culto a Ele? É possível “servir a Deus e dar-Lhe culto” sem conhecê-Lo? Bom, a história do povo de Israel nos dias de Oséias nos prova que sim.

Qualquer culto, qualquer igreja, qualquer mensagem, que desvia do Deus verdadeiro os olhos do povo e de alguma forma tenta levar a atenção dos homens à criatura, ao ser humano, ao seu comportamento e às suas consecuções, dá evidência de que o conhecimento de Deus está obscurecido, limitado ou nulo e mais cedo ou mais tarde, esse tipo de religião dá lugar a um cristianismo oco e de fachada. 
Quer dizer que não devemos ensinar ao povo como vestir-se, como alimentar-se e como comportar-se? Não. O que estou dizendo é que devemos ensinar ao povo como vestir-se, como alimentar-se e como comportar-se, vivendo uma vida de comunhão diária com Cristo.

Ensinar normas de conduta é apenas ético. Mas o cristianismo que Jesus veio ensinar é mais do que um código moral de ética. Ele veio transformar vidas, criar novas criaturas, que depois de transformadas, sentissem alegria em viver os princípios eternos de Sua santa Lei.

No capítulo seis, verso oito, Oséias chama ao reino do Norte de “bolo não virado”. E aqui Deus usa mais uma vez o profeta para combater a casca da religiosidade. Um bolo não virado só fica assado de um lado e por dentro é massa crua. Deus não aceita isso. Ele quer o bolo cozido por dentro e, naturalmente, dourado por fora. Deus se deleita no bom comportamento de Sua igreja. As boas obras sempre são para louvor de Seu nome. São uma oferenda cheirosa para Ele, mas só quando resultam de uma vida interior de comunhão diária com Cristo.

O Espírito Santo está pronto a reproduzir em nós o caráter de Cristo, mas precisamos permitir que Ele habite em nós cada minuto da vida. (Alejandro Bullon)