domingo, 28 de fevereiro de 2016

Um temporal à vista

Esse foi um dos dias de experiências novas para mim. São coisas que para quem mora em Minas Gerais, e ainda mais em cidade, não conhece.
Era sábado pela manhã, estávamos prontos para ir à igreja no Amazonas. Ao sair, vimos que o céu estava escuro, mas nada demais.
Fomos de canoa e passamos na casa de um obreiro para dar carona ele, aí fomos perceber que o céu tinha escurecido mais e o vento aumentado. Eu estava muito temerosa, porque estava sem meu colete salva vidas.
Em meio a indecisão, tomamos a decisão de prosseguir. Eram apenas 5 minutos de canoa, mas o vento tardou um pouco mais a nossa ida. Meu cunhado e o obreiro teimaram de ficar em pé na canoa porque estavam se molhando, e meu esposo falou que a canoa iria alagar, e isto me apavorou mais ainda.
Segurando na mão de Jesus fomos. Chegamos bem molhados, mas vivos e felizes. Adoramos ao nosso Deus e saímos da igreja mais gratos ainda. Ele nos ama e nas pequenas coisas sempre cuida de nós!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Primeira viagem de canoa - Amazonas

Era um dia comum, estávamos no Amazonas em nosso evangelismo de prática da faculdade de teologia. Mas o mais estranho era que haviam se passado duas semanas e não tínhamos evangelizado nenhum lugar. Até que o pastor do distrito em que estávamos nos encaminhou para uma igreja em que precisava de apoio, lá realizaríamos uma semana de oração.
As aventuras começaram neste exato dia em que iriamos viajar. Nós não sabíamos onde era, então precisaríamos de muita informação. Ao longo do caminho fomos nos orientando e todos diziam: “Pode seguir reto, e bem mais a frente peça mais informação”.
Depois de longas 3h horas de viagem, percebemos que estávamos perdidos! E agora, o que fazer? O tanque de gasolina estava quase vazio, a água que tínhamos já estava quente, e para comer só alguns biscoitos. Se voltássemos seria pior. Prosseguimos segurando a mão de Deus, confiantes que foi Ele quem nos encaminhara a este lugar.
Após algumas horas (5h no total) chegamos em nosso destino. Mas havia algo que ainda não mencionei. O pastor que nos encaminhou para esta vila não tinha avisado aos irmãos que nós iriamos chegar, e nem sabíamos a pessoa que devíamos procurar.
Graças ao nosso Pai amado, ao lado da igreja Adventista do Sétimo Dia havia um homem que cuidava da igreja, ele nos recebeu muito bem e nos mostrou o lugar que ficaríamos. La também fomos bem recebidos, cuidaram muito bem de nós. Foi uma experiência maravilhosa.
Ao nos despedir, deixamos saudades e um pedacinho de nós. Na volta o irmão nos orientou e conseguimos chegar mais rápido, com 3h de viagem.
Essa foi minha primeira experiência no evangelismo. Tive a certeza que quando Deus nos chama, Ele prepara o caminho e a nós também.
Que Ele nos use sempre para a Sua obra. Amém!

Obs.: Na filmagem estávamos chegando da viagem, e dirigi um pouco para meu esposo descansar.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

O veredito da graça


Mas você não tem sido como o Meu servo Davi, que obedecia aos Meus mandamentos e Me seguia de todo o coração fazendo apenas o que Eu aprovo.” I Reis 14:8
            Quando compreendi o texto de hoje, eu disse: “Não é possível. Deve ser algum engano. Conheço a história de Davi. Esse homem cobiçou, adulterou, mandou matar e mentiu. Como é que o texto diz que ele guardou todos os mandamentos? E acrescenta: ‘fazendo apenas o que Eu aprovo’?”.
            Conhecendo tudo o que você conhece sobre Davi, se fosse escrever a biografia dele, colocaria esse texto ali? A palavra mais intrigante desse texto é “apenas”. O texto diz que Deus declarou Davi “não culpado”. Somente Ele em Seu poder e soberania poderia dizer isso. Esse veredito de Deus sobre Davi no leva ao grande juízo final.
            Queiramos ou não, inquietemo-nos e incomodemo-nos ou não, vamos comparecer diante do Rei do Universo. Só esse pensamento nos faz estremecer. Vamos ter que encarar o registro de nossa vida, “até tudo o que está encoberto, quer seja bom quer seja mau”.
            Imagine a cena. Meu nome vai ser chamado: “José Maria”. Eu me apresento. Deus pede que tragam os registros, sejam eles em livros ou “computadores”. Minha vida vai passar audiovisualmente diante de todos. Um sentimento de vergonha toma conta de mim. Mas, para minha surpresa, o que é apresentado é apenas o bem, que, pela graça de Deus, eu pude fazer. O que aconteceu, então, com os meus pecados, que não apareceram? Jesus, como meu substituto, Se apresenta e diz: “Os pecados de José Maria são Meus. Eu os tomei na cruz.” Que pensamento maravilhoso! Um veredito cheio de graça. Sem merecer, sou declarado inocente. Alguém pagou minha culpa. Estou livre! Sou tratado como se nunca tivesse errado.

            Os pecados já não são lembrados, porque depois do arrependimento e confissão, foram completamente perdoados. Todos foram colocados sobre Jesus, que Se converteu no substituto e garantia do pecador. E o Senhor, por Sua vez, coloca a obediência de Seu Filho na conta do pecador. Que pensamento maravilhoso para encher de paz nosso coração neste dia!

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Em Cristo não existe passado

Se você ler os primeiros 17 versículos do capítulo 1 de Mateus achará, à primeira vista, que neles não existe nenhuma mensagem de inspiração, além de nomes, alguns conhecidos e a maioria desconhecidos.
Mas lendo com um pouco mais de cuidado, você poderá notar que naquela genealogia existe algo que é incomum entre os judeus. Esse quadro genealógico traz o nome de quatro mulheres. Três delas pecadoras conhecidas, como Raabe, Tamar e Bate-Seba, e uma estrangeira como Rute.
Tamar esteve envolvida num escândalo público com seu sofro e conscientemente sob a desculpa de que queria justiça, cometeu um pecado abominável aos olhos de Deus (Gênesis 38:13-26).
Raabe foi a conhecida prostituta que vendia seu corpo por um pouco de dinheiro, aos visitantes de Jericó, mas que entendeu o poder de Deus, foi cativada pelo Seu amor e mudou de vida, unindo-se ao povo de Israel.
Bate-Seba quase teve seu nome associado ao pecado. Cometeu adultério com Davi, sendo esposa de Urias.
Finalmente, Rute, uma mulher estrangeira, sem direitos de cidadania, é resgatada por Boás e passa a fazer parte, também, da árvore genealógica de Jesus.
Em qualquer tradicional quadro genealógico judeu, nunca se incluía mulheres. Por que então, no quadro genealógico do mais ilustre judeu de todos os tempos são mencionadas quatro mulheres que não têm muita coisa em seu passado do qual pudessem se orgulhar?
Qualquer historiador teria tirado estas mulheres com passado nada recomendável do quadro genealógico de Jesus, com medo de comprometer a figura imaculada de Cristo. Para que correr risco de ser mal interpretado por alguém?
Mateus, porém, coloca essas mulheres nas raízes humanas de Jesus e com isso está apresentando para nós a essência do evangelho. Está dizendo que em Cristo não há homem nem mulher, nem judeu, nem gentio. Nele não há lugar para preconceito de qualquer tipo.
E mais, Jesus está nos dizendo que nEle, o ser humano não tem passado. Podemos ter lutado a vida toda para esquecer a miséria que vivemos quando não conhecíamos a Cristo, sem ter conseguido resultados positivos, mas aos pés de Jesus podemos depor todas as nossas cargas e ansiedades, e se aceitamos arrependidos Sua oferta de perdão e o trabalho de Sua graça, somos considerados como se nunca tivéssemos pecado.
O fato de essas mulheres estaremos no quadro genealógico de Cristo, não compromete em nada a santidade de Sua origem. Porque desde o momento que elas aceitaram o poder transformador de Deus são consideradas justas, santas e perfeitas diante de Seus olhos.

Por que, então, viver angustiados por algum erro do passado? Podemos ir hoje a Jesus, cair a Seus pés e depor ali tudo o que nos agonia. Nele, acharemos descanso para nossas almas. (Escrito pelo Pr. Alejandro Bullón)

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Quando a graça me alcançou



Vivia todos os meus dias tentando alcançar uma vida de santidade, tentando ser perfeita em tudo. Com esta busca intensa comecei a esperar dos outros a mesma perfeição e por não encontrá-la a minha frustração só aumentava. Ao longo dos dias essa luta foi se tornando cada vez mais difícil, foram longos anos traçando o mesmo caminho. Ao ver as pessoas errando a minha reação era de condenação, e esta por meio de palavras, olhares, gestos... tudo em mim os condenava e os crucificava. E quando palavras de correção chegavam até mim, me mostrando que eu estava errada em algum aspecto, era o fim. Não aceitava que eu também era uma pecadora.
Foi quando então um anjo do Senhor me abriu os olhos e me mostrou o real sentido da graça de Jesus. Ele me disse que é impossível alcançar a perfeição com minhas próprias mãos, por mais que eu tente, sempre estarei em decepção comigo mesma e com os outros. Me disse o quanto machucava o meu próximo condenando-o. Percebi então que todos nós, por trás de nossas falhas, há uma longa história e grandes motivos que nos fizeram errar, por isso eu não deveria jugá-los e sim compreendê-los. Ele me fez entender que quando aceitamos a graça de Cristo, o sacrifício que fez por nós com o Seu perdão e amor e permitimos que Ele habite em nosso coração, o Espírito Santo dia a dia, nos transforma conforme o caráter de Deus. É Ele quem faz este trabalho de santificação em nossa vida.
Isto não significa que eu não preciso me preocupar, continuar errando como um ato de rebeldia e me deixar levar pelos meus sentimentos carnais. A gratidão por sermos salvos nos leva a obedecer a Deus como um ato de amor. E nesta caminhada precisamos de Sua ajuda. Muitas vezes pecamos acidentalmente, não queríamos fazer algo, mas Deus conhecendo as intenções do nosso coração e o que nos levou a pecar, nos perdoa e nos dá uma página em branco para recomeçarmos. Ele não nos condena, ao contrário da multidão que grita e quer nos apedrejar. E por muito tento eu fiz parte dessa multidão, mas Cristo me resgatou! Aleluia!
A parti desta explicação tudo em minha volta clamava em um mesmo coro: “É impossível você ser perfeita sozinha.” As leituras que fiz, os hinos que ouvi, tudo me apontavam ao sacrifício que Jesus fez por mim. Foi a partir de então que a graça de Cristo me alcançou. Hoje vivo envolta nesta graça com a certeza de que em Jesus posso descansar.
Medite nas palavras deste hino e permita que Cristo habite em você:
Andei tão cego, sem rumo certo
Buscando a paz e descanso
Eu procurei por tantos meios
Justificar meus erros
Mas ao clamar, meus olhos abri

E ao olhar pra cruz eu entendo o amor
Derramado ali por mim
Sacrifício de sangue por um pecador
Não sou merecedor, Tua graça me alcançou

E ao ver Tua glória, naquele dia
Me alegrarei em gratidão
Tocarei as marcas, marcas de vitória
Vencido é o pecado
Perante Ti me prostrarei

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

A benção dos problemas em nossa vida



A vida é difícil. É de fato pouco mais além de uma série interminável de problemas. Vamos ficar nos lamentando sobre eles, ou iremos enfrenta-los? Queremos ensinar à próxima geração as disciplinas envolvidas em aceitar e resolver os problemas, ou iremos encorajá-la a fugir e esconder-se deles?

Obviamente, a tragédia é que o substituto por fim acaba se tornando mais doloroso do que o “sofrimento legítimo” que se tentava evitar. E, acrescentando dor sobre dor, evitar o sofrimento legítimo significa evitar também o crescimento que tais problemas requerem de nós. Portanto, a nossa determinação de empurrar a dor para longe, ao invés de enfrenta-la de cabeça erguida, conduz-nos a um círculo vicioso.

Isto explicaria por que os santos mais sábios de Deus frequentemente são pessoas que suportam a dor, ao invés de fugir dela? Como o seu Salvador, eles são homens e mulheres “familiarizados com a tristeza”. Recordo que Jesus “… aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu” (Hb 5:8), não apesar do que padeceu.

Você tem um problema? Talvez responda, sorrindo para mim: “Um problema? Acreditaria em algumas dúzias de problemas?” Se ouvir as vozes ao seu redor, você buscará um substituto – uma rota de fuga. E não se dará conta de que cada um desses problemas é um instrutor indicado por Deus para o fortalecer e desafiar, além de aprofundar o seu caminhar com Ele. O crescimento e a sabedoria esperam por você com a solução de cada um destes problemas, apesar da dor e da confusão que eles possam lhe causar.

(Extraído da obra Growing Strong in the Seasons of Life, de Charles Swindoll.)

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Inteligência Espiritual


Inteligência espiritual é ter consciência de que a vida é uma grande pergunta em busca de uma grande resposta. É procurar por Deus, independente de uma religião, mesmo sentindo-se confuso no novelo da existência. É agradecer Deus pelo dia, pela noite, pelo sol, por sermos um ser único no universo.
É procurar as respostas que a ciência nunca nos deu. É ter esperança na desolação, amparo na tribulação, coragem nas dificuldades, É ser um poeta da vida. Você é um poeta?
No cerne da alma e no espírito humano há um buraco negro, um vazio existencial, que suga nossa paz diante das dores da vida e da morte. O fim da existência é o fenômeno mais angustiante do homem. Todos os povos desenvolveram um tipo de inteligência espiritual para entendê-lo e superá-lo.
No passado, eu pensava que procurar Deus era uma perda de tempo. Hoje penso completamente diferente. Percebo que há um conflito existencial dentro de cada ser humano, seja ele um religioso ou um ateu cético, que a psiquiatria e a psicologia não podem resolver.
A psiquiatria trata dos transtornos psíquicos usando antidepressivos e tranquilizantes, e a psicologia, usando técnicas psicoterapêuticas. Mas elas não resolvem o vazio existencial, não dão respostas aos mistérios da vida. Quando a fé se inicia, a ciência se cala. A fé transcende a lógica.
Temos milhões de livros científicos, MS a ciência não sabe explicar o que é a vida. Vivemos numa bolha de mistérios. As questões básicas da existência humana não foram resolvidas.
Quem somos? Para onde vamos? Como é possível resgatar a identidade da personalidade depois da morte se trilhões de segredos da memória se esfacelam no caos? O fim é o nada ou o fim é o começo? Nenhum pensado encontrou tais respostas. Quem as procurou na ciência morreu com suas dúvidas.
 A ciência, através do seu orgulho débil, desprezou a eterna e incansável procura do homem pelo sentido da vida. Agora, estamos entendo que o desenvolvimento da inteligência espiritual por meio de oração, meditação e busca de respostas existenciais aquieta o pensamento e apazigua as águas da emoção.
 Embora haja radicalismos e intolerância religiosa que depõem contra a inteligência, procurar por Deus, conhecê-Lo e amá-Lo é um ato inteligentíssimo. O amor do ser humano pelo Autor da vida produz força na fragilidade, consolo nas tempestades, segurança no caos.
Por Augusto Cury

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Deus nos vestiu



Comemos a nossa conta do fruto proibido. Dizemos o que não deveríamos falar. Vamos aonde não deveríamos ir. Apanhamos frutos das árvores que não deveríamos tocar.
E quando fazemos essas coisas, a porta se abre e a vergonha entra. E nós nos escondemos. Costuramos folhas de figueira. Desculpas frágeis. Justificativas transparentes. Cobrimo-nos de boas obras e boas ações, mas basta um golpe de vento da verdade para que estejamos despidos outra vez – despidos pelo nosso próprio pecado.
Então, o que Deus faz? Exatamente o que fez para os nossos pais no jardim. Derrama o sangue inocente. Oferece a vida de Seu Filho. E da cena do sacrifício o Pai tira uma vestimenta – não a pele de um animal – mas uma roupa de justiça. E lança em nossa direção, e nos manda vesti-la? Não, Ele mesmo nos veste. Reveste-nos com o Seu próprio Ser. “Todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo” (Gl 3:26-27).
A roupa é uma obra dEle, não nossa. Você observou a falta de atividade de Adão e Eva? Nada fizeram. Absolutamente nada. Eles não pediram o sacrifício, nem mesmo se vestiram. Foram passivos no processo. Nós também. “Pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem de obras, para que ninguém se glorie. Porque somos feitura Sua” (Ef 2:8-10).
Escondemo-nos. Deus nos procura. Nós trazemos o pecado. O Senhor traz um sacrifício. Experimentamos as folhas da figueira. O Senhor traz a roupa da justiça. E assim, cantamos a canção do profeta: “O Senhor… me vestiu de vestes de salvação, me cobriu com o manto de justiça, como um noivo que se adorna com atavios e como noiva que se enfeita com as suas jóias” (Is 61:10).
Deus nos vestiu. Protege-nos com um manto de amor. Você consegue olhar para trás e ver exemplos da proteção do Senhor? Eu também. (Extraído da obra Aprenda a compartilhar um amor que vale a pena, de Max Lucado).